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Friday 12 April 2019

Prefeitura de Goiânia comete crime ambiental e derruba dezenas de árvores para construção de terminal provisório


Vereador Paulo Magalhães tentou diálogo com o prefeito de Goiânia Iris Rezende e convocou audiências públicas, mas medida foi autorizada pela Seinfra e pela Amma

Goiânia – O vereador Paulo Magalhães (PSD) indignou-se na manhã desta sexta-feira, 12, ao presenciar a derrubada de árvores no Setor Pedro Ludovico para construção de um terminal temporário. “Estamos aqui na Alameda João Elias assistindo esse crime contra o Meio Ambiente”, disse o vereador em vídeo.
A derrubada, como dito pela prefeitura de Goiânia ao site local Jornal Opção, é devido às obras do Bus Rapid Transit (BRT) e estava prevista no consórcio ainda em seu início, na gestão do prefeito Paulo Garcia (PT). A ideia é que lá seja construído um terminal provisório, a 1 km do Terminal Isidória, que será interditado para o andamento das obras.
Paulo Magalhães, no entanto, diz que a medida tem desagrado e gera revolta em comerciantes, devido ao impacto ambiental causado. Em entrevista anterior ele disse que mais de 70 árvores seriam derrubadas e, para impedir, trataria com o prefeito de Goiânia, Iris Rezende (MDB), e discutiria a medida com a população em audiências públicas.
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No vídeo, indignado, ele mostra que teria, inclusive, uma audiência marcada para segunda-feira, 15. “A população não aceitou, tínhamos reunião marcada, mas infelizmente não esperaram e o secretário da Infraestrutura autorizou a demolição de todas as árvores aqui da Alameda João Elias”, diz o parlamentar, que frisa ligação afetuosa com a praça, já que ajudou a plantar árvores com os moradores.
Um morador, que não quis se identificar, disse que o local foi revitalizado com o suor da população local. “Antes era um lugar completamente abandonado, a revitalização veio há 10 anos com muita luta”, disse.
Magalhães reclama, também, que a Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma) autorizou a medida. A prefeitura, por sua vez, diz que ali não se trata de uma praça, mas de um canteiro e ressalta que houve autorização da Amma, mas também de outros órgãos ambientais e do Ministério Público Federal (MPF). A Prefeitura ainda enviou uma nota sobre o caso:

O Consórcio responsável pelas obras do BRT informa que a retirada das árvores representa 11,6% do total de espécimes no local. A ocupação do local pelo o terminal provisório já estava prevista no projeto original do BRT desde 2013 e possui licença ambiental.

A empresa informa ainda que após o fim construção do novo Terminal Isidória, a Prefeitura de Goiânia irá revitalizar toda a área e transforma-la em um espaço de convivência os moradores da região

*Com informações do Jornal Opção

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